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Lembro-me de que, em 1931, numa de nossas reuniões habituais, vi a meu lado, pela
primeira vez, o bondoso Espírito Emmanuel.
Eu psicografava, naquela época, as produções do primeiro livro mediúnico, recebido
através de minhas humildes faculdades e experimentava os sintomas de grave moléstia
dos olhos.
Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso, sentindo minha alma envolvida na
suavidade de sua presença, mas o que mais me impressionava era que a generosa
entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de
uma cruz.
Às minhas perguntas naturais, respondeu o bondoso guia:
- "Descansa! Quando te sentires mais forte, pretendo colaborar igualmente na difusão da
filosofia espiritualista. Tenho seguido sempre os teus passos e só hoje me vês, na tua
existência de agora, mas os nossos espíritos se encontram unidos pelos laços mais
santos da vida e o sentimento afetivo que me impele para o teu coração tem suas raízes
na noite profunda dos séculos . . .